terça-feira, 5 de agosto de 2008

...

Ele sumiu pela rua e ela esperou...
Esperou porque não era justo, não era educado, não era possível que ele a tinha deixado sem mais nem menos.
Afinal o que ele estava pensando agindo assim, é fugindo que se resolvem as coisas?
- Não, não é fugindo, muito menos complicando as coisas como você faz!
- Hum...você voltou!
- Não devia, mas, não sou deseducado, então vamos resolver, é ou não é?
- É ou não o quê?
- É ou não é para ficarmos juntos, não ficarmos, ou mesmo ficarmos amigos?
- Não sei.
- Esse é o problema, você nunca sabe, você nunca decide!
- Oras, e que culpa tenho eu nisso... Sei que nada sei... até os filósofos se perdiam às vezes sabia?
- O.k! Mas você não é filósofa, sabia?
- Não... e você o que quer, me ajude então a decidir!
- Eu...
- É...você oras, ou quer que eu pergunte isso pro pipoqueiro?
- Eu...eu... Também não sei! Quero o que você quiser.
- O.k então. Eu não quero nada!
- Como assim? Nada!!!
- É. Nada. Se eu não sei o quero, e você muito menos o que fazemos aqui então?
- Eu não sei.
- Beijo-tchau!!!
E ela se foi...
Ela desceu as mesmas escadas... e ele ficou a olhá-la. Ela atravessou a rua e sumiu em meio à multidão.

3 comentários:

Anônimo disse...

escrever diálogos eficientes é uma arte que você domina bem, garota! Gostei disso. Parece coisa de filme inglês, tipo CLOSED (os malditos tradutores brasileiros lançaram como "PERTO DEMAIS"). Um excelente filme que em teor de humor e um certo desespero nonsense (que faz todo o sentido) se parece bastante com seu texto.
Isso aí, você merece ser lida. Minha namorada (chuva de containers - namesmachuva.blogspot.com) concorda plenamente com isso. Já pensou num livro? Ou no roteiro de um filme? Olha que produzir filmes é comigo mesmo. PENSE NESSA POSSIBILIDADE. Abraço e sucesso.
Seu fãnzão, só leio o que me interessa.
FELIPE LACERDA
espalhandocancer.blogs.sapo.pt

Anônimo disse...

o que dizer?
Acho que tem um certo sentimento de angústia que perpassa todos os seus textos, até o mais recente que é mais "alegre" iria angústia e não desespro, porque a angústia tm a sua dose e desespero, mas seu principal ingrediente é essa incomprensão atatônica, esse abismar com algo ncompreensível, que está na alma dos seus personagens.
e sim, esse eu acho que tem qualidad artística.

Mariana Martins. disse...

Oh Felipe! Vá te catar!

Somos ex-namorados (Kkkk!) e o que eu concordo, eu é quem digo!

Concordo que quando não se sabe o que quer é melhor dar beijo e dizer tchau.

Não restam mágoas entende?