sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Desvarios

Certas vezes tenho vontade de escrever, daí eu começo e me perco, cai em mim a indecisão da prosa ou verso, ou verso e prosa, da crônica ou da narração... daí escrevo um monte palavras soltas, sem nexo, que no fim eu chamo de meu texto, e posto no meu blog, porque o ser humano, não querendo traçar generalizações, o ser humano é um ser muito possessivo, quer se apoderar de tudo, então chama tudo de meu, meu trabalho, meu blog, meu Orkut, meu namorado, meu isso, meu aquilo... só que no fim das contas, me pergunto se realmente somos donos de alguma coisa, ou se somos nós as posses das coisas, ou dos outros...
Belo jeito de voltar a escrever no blog, mudei desde o último post, mas a complicação dos meus pensamentos continuam os mesmos...
E me pergunto: “Alguém ainda lê esse blog?”
Nem eu leio.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Meu alto pensamento

Antes era o ar
Contigo ficava a sonhar
Pensava em como seria
Alto ou baixo
Qual me agradaria

Antes era a poesia
No conto você sempre sorria
Rimas palavras
Sonoras pulsava

Agora sou dia
Por ti meu sol briha
Na chuva, na rua
No frio,
Olho a lua
E não me importa o dia ou momento

Em você sempre
meu alto pensamento!

domingo, 3 de janeiro de 2010

2009/2010

2009 se foi e acabou de uma forma tão legal que se eu pudesse voltar no tempo, voltaria e faria tudo exatamente igual.
O ano todo foi intenso, e foi um sucesso!
Meu 2009 teve momentos de medo, de tensão, de desespero, de alegria, de dúvuda, de pesquisas, de superações, de estratégia...kkkk... a melhor parte.
Deletei da minha vida pesos desnecessários e aprendi que dizer não é fundamental.
Festejei, muuuito, dancei, gritei e beijei.
2009: carro, bioquímica, vestido, baile, gripe suína, estágio, Divina Folia, Show do Rei, Vestibular again, Barbacena, Natal, Reveillon...
Procurei e parece que encontrei, só não sei bem o que...mas encontrei, me encontrei.
E espero que 2010 seja um ano melhor e mais intenso que 2009.
Que Deus esteja sempre presente como em 2009, para que meu 2010 seja incrível!!!
Amém

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Chove

Chove
E eu não quero ouvir o que sempre ouço
Essas palavras belas, esses elogios tolos, tudo o que você acha que eu gostaria de ouvir
Essas palavras que saem da sua boca pouco importam
Palavras são somente palavras
Quero sentir

Quero sinceridade não somente em palavras
Quero atos, toques, pele
Quero a única certeza: a do momento
Não quero promessas
Tampouco confidências

Quero o olhar
Quero ouvir Linger sem me preocupar com o tempo
Escrever sem me preocupar com a nova regra da língua portuguesa
Sem a responsabilidade da poesia, ou da dissertação
Quero sonetos
Palavras soltas numa folha, nas paredes ou mesmo no chão

Quero sair por aí sem rumo
sem prumo, sem celular
Sem razão
Quero ouvir de você somente a respiração
Quero o vidro embaçado
A chuva lá fora

Quero...
Você

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Oi,
Embora eu acredite que ninguém leia esse blog, vou fazer dele um caderno de publicações minhas, postarei coisas encontradas dentro de uma caixa no fundo do guarda-roupas. Textos, não podem ser chamados de textos.
Ok! Escritos, de diversas fases da minha vida. Coisas que escrevi, pasmem, até em guardanapos durante lanches da época do cursinho. E olha que já sou uma farmacêutica- bioquímmica graduada. Portanto, nada demais, apenas momentos de sei lá desabafos momentâneos e inacabados.


Começa agora:

* Sem data, já que não tenho por hábito datar meus dias.

Como descrever um sentimento que não parece sentimento...
Uma coisa que não se sabe o que é? Somente é sabido que está ali. Vive ali. De vez em quando some, depois aparece. Mais está ali, por ali, assombrando.
Chamo sentimento por não conhecer uma palavra melhor para conceituar isso.
Sentimento: Ato ou efeito de sentir. Sensibilidade. Disposição afetiva em relação a coisas de ordem moral ou intelectual. Afeto, amor. Tristeza, pesar.
Assim é conceito de sentimento pelo dicionário. Por isso chamo sentimento.
Sentimentos: Qualidades morais. Deveria ser: qualidades mortais.Todo mortal deriva de sentimentos.
E o resumo de tudo é sentimento.
Tudo é sentir.
Ver é sentir.
Falar é sentir.
Tocar é sentir.
Sentir é sentir.
Resumo: tudo é sentir.

*** Texto encontrado nas empoeiradas entranhas cerebrais de alguém vulnerável.

domingo, 24 de maio de 2009

*** Continuação

Ele assoviava.
Era um mal sinal. Na verdade era um bom sinal, ele estava feliz. Mas para ela era um mal sinal, um péssimo sinal.
Ela iria deixá-lo. Fato. A ideia inicial era ir embora no meio da noite, ainda de madrugada, deixar um bilhete: "tudo é eterno enquanto dura." totalmente clichê; e sumir, embora soubesse que não seria para sempre. Afinal nada é para sempre. Ela não iria longe, ele também não, provavelmente iriam se cruzar sempre.
Ela continuava parada, observando, contemplando a foto perfeita. O sol que entrava pela janela ia mudando de posição, em alguns minutos a iluminação se perderia, aquele momento passaria.
Um turbilhão de pensamentos a consumiam, a pia, a louça, o assovio.
Ele lá a mesma posição, Ela tinha certeza que era o momento, era a foto. A câmera. No quarto, sob a bancada.
Ela olha pelo corredor, calcula mentalmente os passos, o tempo que vai gastar para alcançar a câmera. Dois cliques, nada mais. E a foto perfeita. Com a iluminação perfeita, o modelo perfeito, a situação perfeita.
Ela à porta, Ele assoviando e lavando.
Ela respira fundo e sai pelo corredor, passos leves, para não chamar a atenção dele. Ele continua assoviando. O quarto, a cama, a câmera. Ela pega, volta pelo corredor, e novamente respira fundo, Ele ainda está lá, o sol, a pia, a louça, o assovio. Ela posiciona a câmera, como um atirador posiciona a arma, se fosse uma arma sua câmera seria uma Ak-47. Posicionada ela prende a respiração, concentra-se e com sua Canon SLR EOS 40D, dois cliques depois Ele se vira, Ela continua, como se fosse Ela o atirador e Ele a vítima, ela dispara contra Ele e Ele tenta se esconder... Ela entra pela cozinha, a iluminação não importa mais, é o seu trabalho, fotografar, e o dele também, deixar-se fotografar, afinal, era um modelo, ou melhor, era O modelo. Ela avança, Ele ri e a alcança. Ela respira, Ele ri, e a segura pelo braço, e a olha profundamente como sempre, sorte a dela de conseguir se apoiar à porta.
Eles ali, tão próximos, Ela segura a arma e Ele a segura pelo punho. Eles riem e Ele a beija.
Depois do beijo, quente e verdadeiro Ele fala.
- Você e essa câmera, siamesas? Ele pergunta andando rumo à mesa e a olhando nos olhos.
Característica dele, sempre fala forte e olha nos olhos. Coisa de pessoa insegura, com Síndrome de Peter Pan. - Não se separam nunca.
- Ossos do ofício honey!!! Ela fala dirigindo-se à geladeira.


***Continua

sábado, 23 de maio de 2009

O modelo à pia.

Encostada à porta ela observava os movimentos dele à pia.
Era de manhã, o sol iluminava parte da cozinha e dava uma luz perfeita à cena. Cabia ali uma foto, e que foto.
A câmera estava no quarto sob a bancada, apenas alguns passos, não seria necessário utilizar o flash. Mas a imagem a prendia ali. A visão era bela. E ela entendia muito bem o que era e o que não era belo.
Ele de costas, de pé, moreno, as costas tesas, bem desenhada, cabelo baixo, quase um corte militar dava-lhe um ar casual e ao mesmo tempo sério. Samba-canção azul clara, cadê a box branca?, ficaria melhor, pelo menos Ela sempre pensou que seria uma box branca, ficaria melhor.
Não, não ficaria, a samba-canção ficou simples, básica, sexy. Não, Não é um conto erótico!
O pé direito apoiava-se soba canea da perna esquerda., que sustentava o corpo todo, apoiado á pia. O sol alcançava-lhe os pés. Ele assoviava enquanto lavava a louça e o cheiro do café aromatizava a cozinha.




***Continua.